quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ontem e Hoje


"Eu acredito até hoje que quando os corpos dos amantes se unem, a terra treme."
Domingos Oliveira, em "Juventude"

Lembra?
Domingos Oliveira é o pai da Maria Mariana, autora do livro e da peça "Confissões de Adolescente" que deu origem a série de TV dirigida por Daniel Filho.
Além de pai dela e desde muito antes disso, claro, ele é dramaturgo, roteirista e diretor, tendo realizado obras no teatro, TV e, principalmente, no cinema.

O filme "Juventude" é a mais recente realização para o cinema de Domingos e teve uma sessão especial gratuita aqui em São Paulo no último dia 22.

"Juventude" foi captado em formato digital e é uma ficção com cara de verdade, na qual o próprio Domingos atua junto aos seus amigos Paulo José e Aderbal Freire Filho como três velhos amigos que vão passar alguns dias juntos e acabam revivendo essa amizade e os episódios de suas suas vidas em paralelo, repassando o passado e repensando o presente.

O primeiro filme realizado por Domingos é "Todas as mulheres do mundo", de 1966.
Este é, até hoje, o filme do diretor que conseguiu maior destaque - de crítica e público - em toda a sua carreira.


"Todas as mulheres do mundo" tem Paulo José e Leila Diniz (linda!) no auge da beleza e da juventude e, só por isso, já valeria vê-lo.
Além disso, o filme é, também, bastante divertido, uma comédia mesmo.

No documentário "Domingos", realizado pela atriz e - agora - diretora Maria Ribeiro, vemos o próprio Domingos Oliveira nos contar da precariedade (pouco dinheiro, pouca película e, portanto, muita improvisação e nada de repetições) com que a maioria das cenas de "Todas as mulheres do mundo" foi filmada e de como tais dificuldades acabaram por ajudar a construir a linguagem singularmente leve alcançada pela narrativa.

Um filme de e sobre o amor e suas agruras...
assim é o delicioso "Todas as mulheres do mundo".



O que não consegui compreender é o por quê de "Juventude" ter tido aqui em Sampa uma sessão tão vazia.
Sério, não havia dez pessoas na sala de cinema e, não esqueçamos, a sessão foi gratuita!
Além disso, ou, talvez, até por isso, a recepção do público foi fria, quieta, sem risadas, num filme tipicamente Domingos Oliveira, ou seja, bem-humorado até nas más notícias.

Fiquei tentando entender...

2 comentários:

  1. Provavelmente porque o filme já tinha cumprido temporada em alguns cinemas. Vi por essa época. Reestreou? E tu se suicidou no twitter foi? Preciso conversar contigo. Assunto seu! Abraço.

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  2. Que filme lindo, 'Juventude'. Saí felzi da sessão dele no Cineport. Um dia tenho que conversar com o Domingos, fazer uma entrevista com ele. É um dos meus heróis.

    PS: Fizemos prova na mesma sala, no concurso da UFPB. Mas você estava muito concentradinha e não me viu. Beijo!

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